ATENÇÃO: pode conter spoilers.
Nunca gostei de assistir seriados logo quando eles são lançados. Preciso ter a chance de assistir vários episódios em sequência. Com Ugly Betty não foi diferente. Apesar de ter acabado oficialmente em 2010, decidi começar a assistir desde o inicío apenas no ano passado.
Betty Suarez é um jovem mulher que vive no Queens, bairro ‘pobre’ de Nova York e longe do centro da cidade. Vive com o pai, a irmã e o sobrinho. Perdeu a mãe quando era muito jovem. Trabalha em uma revista de moda.
Inicialmente contratada porque o chefe tinha casos com todas as suas assistentes, Betty foi contra tudo e todos e provou que moda é algo subjetivo. Mesmo com suas vestimentas duvidosas, ela mantinha um estilo próprio e não se deixava levar pelas pressões impostas por esse mundo cheio de padrões.
Apesar das dificuldades impostas a ela dia após dia, Betty é uma pessoa extremamente positiva, que busca sempre o que há de bom nas situações que enfrenta. Ela sofre como qualquer outra pessoa, mas a diferença é que ela logo segue em frente e dificilmente se lamenta.
Betty é uma pessoa independente. Apesar de ser muito ligada com sua família, ela não tem medo do desafio e ela têm objetivos muito bem traçados. Ela encontra ao longo da sua jornada diversas pessoas. Muitas delas demonstram que não merecem confiança, enquanto outras, de onde menos se espera, a apoiam.
Em seus relacionamentos, Betty nunca fica refém de ninguém. Ela tem vários relacionamentos, é traída, é enganada, mas também trai e se arrepende, se confunde entre dois amores e no final opta por ficar sozinha.
Não é só porque a série fala de uma mulher feia que Betty tem qualidades muito visíveis. A série mostra o quanto a aparência não garante nada ao mesmo tempo em que a competência muitas vezes perde para a ignorância.
Ao longo de quatro temporadas, Betty não amadurece só em sua forma de se vestir. O principal amadurecimento é em relação à sua vida, à sua profissão, às pessoas ao seu redor. Com ela é possível aprender e se identificar, porque acima de tudo a Betty tem um pouco de cada um de nós.